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O Primeiro Dia que Mudou Tudo

Acordou com o sol batendo no rosto. Era meu primeiro dia na universidade, e o coração parecia querer sair do peito. “Engenharia Elétrica na UEM”, pensei, olhando para o crachá que pendurava no pescoço. A mistura de medo e empolgação era quase palpável.

Chegando ao campus,me vi perdido entre prédios gigantes e centenas de estudantes apressados. Uma placa dizia “Calouros da Engenharia – Auditório Central”. Seguiu o fluxo e encontrei o Lucas, alto de boné, que também parecia deslocado.

— É seu primeiro dia? — perguntou Lucas, com um sorriso despretensioso.
— Demais. Tô achando que vou entrar na sala errada — respondeu João, aliviado por não ser o único perdido.

Sentaramos juntos na palestra de boas-vindas. O coordenador do curso falou sobre desafios, oportunidades e, principalmente, sobre como muitos não terminariam o curso. olhei para o Lucas e sussurrei:
— A gente vai ser um desses que desiste?
— Nem a pau — ele respondeu, determinado.

O Primeiro Desafio

No terceiro mês, quase joguei a toalha. Análise Matematica I era um monstro, e ele tinha tirado 3,5 no teste 1. Sentado na biblioteca, revirando os cadernos, ouvi uma voz:

— Precisa de ajuda?

Era Ana, monitora da turma. Ela se ofereceu para explicar os conceitos, e aceitei na hora. Nas semanas seguintes, percebi que não estava sozinho — metade da turma também estava afogada. Formaramos um grupo de estudos, e, aos poucos, as notas foram melhorando.

A Virada

No segundo ano, entrei para a empresa júnior de energia renovável. Foi lá que percebi que a universidade não era só sobre provas. Um projeto real para uma comunidade rural me fez entender o impacto que um engenheiro poderia ter.

Mas nem tudo foram flores. No 5º semestre, reprovei em TAT . Fiquei arrasado, mas Lucas, meu amigo do primeiro dia, me levou para um bar e disse:

— Cara, todo mundo cai. O que importa é como você se levanta.

João refez a disciplina no semestre seguinte e tirou 8,5.

O Mundo Lá Fora

No último ano, um intercâmbio para Portugal mudou sua perspectiva. Estudou em Coimbra, viajou sozinho pela Europa e voltou com uma certeza: queria trabalhar com sustentabilidade.

De volta ao Brasil, defendeu seu TCC sobre redes elétricas inteligentes. No dia da formatura, olhou para trás e viu não só um diploma, mas histórias, amigos e lições que nunca imaginou aprender.

Epílogo

Cinco anos depois, João encontrou Lucas em um café. Ambos trabalhavam em áreas diferentes, mas a conversa voltou àquele primeiro dia.

— Lembra quando a gente achava que não ia sobreviver ao primeiro semestre? — Lucas riu.
— E olha onde a gente está agora — João respondeu, erguendo o copo em um brinde.

A universidade tinha sido muito mais do que aulas e provas. Tinha sido o lugar onde ele descobriu quem era — e quem queria se tornar.

Grupo de Estudantes

Este post foi escrito por um dos integrantes do 4.º grupo

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