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Meu Primeiro Ano na Universidade: Caos, Café e Crescimento

Eu nunca vou esquecer o dia em que entrei naquele campus pela primeira vez. Minhas mãos estavam suando, a mochila pesada com cadernos novos, e eu me sentia um impostor. “O que eu estou fazendo aqui?” era a única coisa que passava pela minha cabeça.

Semestre 1: O Naufrágio

A primeira aula foi Cálculo I. O professor começou a escrever símbolos que pareciam hieróglifos, e eu, que tinha me achado o “rei da matemática” no ensino médio, quase chorei. No primeiro teste, tirei 4,2. Liguei para minha mãe, morrendo de vergonha:

— “Mãe, acho que vou ter que voltar pra casa…”

Ela riu. “Filho, relaxa. Ninguém vira engenheiro em um mês.”

Foi quando conheci a Clara, uma veterana que viu eu quase tendo um colapso na biblioteca. Ela me ofereceu ajuda e, nas semanas seguintes, me ensinou a estudar de verdade — não só decorar fórmulas, mas entender.

Semestre 2: O Primeiro “Ahá!”

Eu ainda odiava Cálculo, mas descobri que amava programação. Fiz meu primeiro código que funcionou (um “Hello World”, mas foi épico). Juntei-me a um grupo de robótica e, pela primeira vez, senti que pertencia àquele lugar.

Também comecei a trabalhar como monitor de Física para calouros. Era bizarro estar do outro lado, explicando coisas que, um ano antes, me assustavam.

Segundo Ano: Treta, Choro e (Um Pouco de) Glória

Reprovei em Termodinâmica. Foi um baque. Passei uma semana comendo miojo e questionando todas as minhas escolhas. Mas então, meu amigo Ricardo me arrastou para um projeto de eficiência energética.

— “Cara, para de frescura. Bora fazer algo útil.”

Foi meu primeiro contato com pesquisa de verdade. Publicamos um artigo simples, mas quando vi meu nome num trabalho acadêmico, algo mudou. “Talvez eu não seja um fracasso.”

Terceiro Ano: O Mundo Além da Sala de Aula

Consegui um estágio numa startup. Era um caos: chefe exigente, prazos impossíveis, e eu, um mero estudante, tentando não estragar tudo. Mas aprendi mais em três meses do que em dois anos de aula.

No final do ano, fui a um congresso e apresentei um projeto. Um professor de outra universidade me elogiou. “Você tem potencial.” Três palavras, e eu voltei para casa flutuando.

Último Ano: O Fim (Ou O Começo?)

Escrevi meu TCC sobre inteligência artificial aplicada a redes elétricas. Foram noites sem dormir, xícaras de café que viraram parte da minha dieta, e um momento de pânico quando o computador travou duas horas antes da entrega.

Mas no dia da defesa, olhei para a banca e percebi: “Eu sei do que estou falando.” Passei com louvor.

Na formatura, minha família veio, orgulhosa. Meu pai, homem sério, me abraçou e sussurrou: “Você conseguiu.”

Agora?

Hoje trabalho com energia renovável. Às vezes, passo em frente à universidade e sorrio. Aquele lugar me quebrou, me remontou, e me transformou em alguém que eu nem sabia que poderia ser.

E se eu pudesse voltar no tempo e dar um conselho para aquele João assustado do primeiro dia? Diria só uma coisa:

“Você não tem ideia do que está por vir. Mas vai valer a pena.”

Grupo de Estudantes

Este post foi escrito por um dos integrantes do 4.º grupo

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